O que estamos fazendo com o que recebemos na casa espírita? Foi com essa pergunta que Joaquim Gamonal encerrou a palestra da última segunda-feira, 23/6. O tema da palestra foi “Eu só pedi que os auxiliasse”, inspirado no capítulo 3 do livro Cartas e Crônicas. O livro foi psicografado por Francisco Cândido Xavier e ditado pelo Espírito Humberto de Campos.

Palestrante Joaquim Gamonal
Joaquim Gamonal, palestrante convidado

O texto, no livro, tem como título “A petição de Jesus”. Humberto de Campos relata que Jesus pediu a Pedro para ir à casa de Jeremias. Lá, devia ajudar a filha dele, Sara, que estava doente. Pedro ficou tão horrorizado com o que encontrou, que voltou sem dar a ajuda que foi pedida.

Gamonal relatou que todos temos três fases como espíritas:

  • Quando chegamos à doutrina, cheio de dúvidas e procurando fenômenos e respostas;
  • Quando a doutrina entra em nós, por meio do estudo e do conhecimento;
  • E a mais importante, quando a doutrina começa a sair de nós, pelos bons pensamentos, pelas palavras e atitudes no bem.

O palestrante, então, propôs a reflexão: como nos sentiríamos se Jesus aparecesse pessoalmente nos pedindo auxílio? Daríamos ajuda ou julgamento? Quantas vezes deixamos de lado o pedido de Jesus para ajudar e não julgar?

“Aprendemos no Espiritismo que a caridade é o amor de Deus em ação”, recordou Gamonal. Amar, portanto, é:

  • Perceber a dificuldade dos outros e ajudar a suavizá-las;
  • Fazer com o outro o que gostaríamos que nos fizessem;
  • Ter indulgência, tolerância, paciência com as falhas alheias.

Reencarnação é medida de justiça

Joaquim Gamonal lembrou, ainda, que a reencarnação era crença do Catolicismo até 515 da Era Cristã. Foi, então, abolida e proibida pela Igreja. Porém, apesar de não poder ser mencionada, a reencarnação existe e é uma medida de justiça divina.

“Não estamos onde estamos por acaso”, destacou. Todos temos um planejamento reencarnatório. Por isso, nas famílias encontramos os que amamos muito; os que muito nos amam e aqueles com quem temos dificuldade de relacionamento. Esses últimos são os mais importantes. São os fiscais de Deus sobre nossa evolução.

“Sou cristão quando relevo uma grosseria e me calo”, lembrou. O amor em ação, ensinado por Jesus, é perdoar, ser indulgente e solidário. “A vergonha não é errar, porque somos espíritos imperfeitos. A vergonha é, sendo espíritas, permanecer no erro”, observou Gamonal.

“Dar ou assistir palestras é importante, mas também é a parte mais fácil… Lá fora é que precisamos praticar o que aprendemos”, ressaltou. Assim, os parentes difíceis devem ser vistos não como obstáculos, onde podemos tropeçar, mas como degraus da nossa evolução.

Convidado foi frequentador do Albergue

Ronaldo, Joaquim Gamonal, Marília, Aparecida e Mariana

Joaquim Gamonal, primeiro convidado para palestra especial no Albergue, foi frequentador da casa. Na antiga sede, à Rua Monsenhor Bicalho, tornou-se amigo dos nossos fundadores, sr. Jovial Gonçalves dos Reis e Aparecida Pereira de Souza Reis.

Na nova sede, foi recebido pelos atuais dirigentes, Ronaldo Nascimento Silva e Marília Aires de Melo Silva; pela presidente honorária, Aparecida Pereira de Souza Reis; por Mariana Gonçalves Teles e Rosane Ferreira, integrantes da direção da casa.

Na abertura, houve apresentação do Coral Irmão Lucas, que apresentou músicas compostas pelo tarefeiro Beethoven Neto.

Gamonal é juiz de Direito em Barbacena, onde frequenta o Centro de Estudos e Educação Espírita Chico Xavier (Cedec). Também é membro da Associação dos Juízes Espíritas de Minas Gerais e da Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas.